3 de julho de 2008

Prato

Cocada às uvas;
manjares no banquete.
Uns brindam a cevada,
uns são servidos à calda turva.

Servidos ao sangue,
é sempre o sangue.
A busca,
a causa e consequência puta.

O fim dos dias não está por vir,
já fora, já era, jaz entre os profetas.
Somos sensações em trânsito desde então,
sangue em ressonância dele.

É a carne, o doce, o vício, a cópula.
Ele se senta na ponta da mesa no jantar. Ele,
no banquete da vida nos venda.
Sua presença é o gatuno guia.

- É o sangue, é o sangue em êxtase!

Não ouse falar o nome dele.
O Riso em você na hora da fúria.
O abraço terno dos males do mundo.
É o sangue, doce sangue alheio....

Um comentário:

Carlos Pegurski disse...

ele tem sua função, tem sua importância. pena estar tão bem acompanhado.