25 de abril de 2008

Autobiografia de Ponta

Se você não fosse ninguém e eu pude ser alguém que não sou, e não fosse eu mesmo, seria você e diria:

se eu fosse você, não seria.

Seria última a chance de eu ser ninguém, e você não ser quem és e então me ser um pouquinho pra ver se sentes que sou eu em você e você não sou.
Sou só e só sou:

aquele que me tole,
que me aconselho.
Quem me dorme,
me julga no espelho.
Apaixonado pela existência,
dois e suas variantes.
Curioso no que tange essências concretas
da subjetividade e vice-versa.
Um vivo, ousadamente dizendo-se vivo, talvez um que pense
que de fato pensa.
Vivendo o vento, e os olhares, os medos, a cidade, e um amor sem antes.
Vendo um pedacinho de si em quase tudo e na "piquena".
Vindo de encontro à distante complitude.
Um vivo Vinícius, enviezando vícios em virtudes.

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