24 de julho de 2007

Joaninha...

Marrom, ocre e luz entrando.
Cortina, aguá na chaleira,
mesa quadrada de madeira,
quatro quadeiras, seus pés nús...

uma lata de biscoitos finos,
azul; papéizinhos brancos bem dobrados,
poucos farelos cobrindo,
uns na superfície e tantos no assoalho...

a sede...
os olhos voltando-se para a porta...

um vestido de amarra
com cordão na frente
dormente, sono que passa,
fumaça, oito da manhã...

I - Querida que cedo você acordou...
II - Sim, dá um copo d'água?

o braço leve
planando com uma jóinha
que balbucia dourada,
a mão esticada, linda.

Vinícius Andrade Vieira

2 comentários:

Unknown disse...

poucos farelos cobrindo...

bela poesia ;)
vos vemos na quinta.
:*

Angela Hortencia Weber disse...

gosto dessa, como de todas as outras.
;*