Marrom, ocre e luz entrando.
Cortina, aguá na chaleira,
mesa quadrada de madeira,
quatro quadeiras, seus pés nús...
uma lata de biscoitos finos,
azul; papéizinhos brancos bem dobrados,
poucos farelos cobrindo,
uns na superfície e tantos no assoalho...
a sede...
os olhos voltando-se para a porta...
um vestido de amarra
com cordão na frente
dormente, sono que passa,
fumaça, oito da manhã...
I - Querida que cedo você acordou...
II - Sim, dá um copo d'água?
o braço leve
planando com uma jóinha
que balbucia dourada,
a mão esticada, linda.
Vinícius Andrade Vieira
24 de julho de 2007
21 de julho de 2007
Rochedos
Despedidas: navios negreiros,
veleiros em coma ,um silencioso vendaval.
Uma acusação que vira convencimento,
Um convencimento que vira acusação.
Um aval mútuo,
um pesar momento de compreensão...
Sem lamento, sem tchau...
Um telefone escrito no guardanapo...
Pra nunca ligar perguntando o que aconteceu,
O que acontece, ou só pra bater um papo...
Despedidas sofridas...
Uma presença invisível atormentando os dias....
Atormentando as noites.
Atormentando as recordações.
Sem saudade, não tem saudade na despedida;
Só o que tem é uma sofrida e talvez costumeira inquietação...
um esquecimento pelos lugares...
pelo tempo ou até mesmo pelas dimensões.
A despedida que floresce em emoções
tem destino à terra fria embaixo do solo gramado...
è chão molhado que seca gelado...
é um infindo partir ao meio sem regeneração...
é um infindo fim do infinito...
é uma impossibilidade de dizer não...
veleiros em coma ,um silencioso vendaval.
Uma acusação que vira convencimento,
Um convencimento que vira acusação.
Um aval mútuo,
um pesar momento de compreensão...
Sem lamento, sem tchau...
Um telefone escrito no guardanapo...
Pra nunca ligar perguntando o que aconteceu,
O que acontece, ou só pra bater um papo...
Despedidas sofridas...
Uma presença invisível atormentando os dias....
Atormentando as noites.
Atormentando as recordações.
Sem saudade, não tem saudade na despedida;
Só o que tem é uma sofrida e talvez costumeira inquietação...
um esquecimento pelos lugares...
pelo tempo ou até mesmo pelas dimensões.
A despedida que floresce em emoções
tem destino à terra fria embaixo do solo gramado...
è chão molhado que seca gelado...
é um infindo partir ao meio sem regeneração...
é um infindo fim do infinito...
é uma impossibilidade de dizer não...
20 de julho de 2007
Equilibrium ; meu desabrochar....
“Nos situamos em uma contemporaneidade esquizofrênica, a loucura é a compreensão do universo de si; fluindo para dentro de si, se chama deus”.
Nós homens , somos todos infinitos; masculino e feminino, simples e complexos, belos e horrendos, tudo e nada, sempre e nunca, enxergamos e somos cegos, solitários em multidões, o bem e o mal; escravos livres de nós mesmos. Eufóricos estagnados, pois a euforia e a estagnação são sós em si, procuramos então pelas respostas que já temos para as perguntas que nunca fizemos, em lugares novos que já conhecemos, dentro de nós mesmos. Assim a existência desaparece como uma névoa e a coexistência surge como o nascer do sol e uma vez que a existência é nada e a coexistência tudo é, ambas coexistem formando o todo.”
22 09 2005
Vinícius Andrade Vieira
Nós homens , somos todos infinitos; masculino e feminino, simples e complexos, belos e horrendos, tudo e nada, sempre e nunca, enxergamos e somos cegos, solitários em multidões, o bem e o mal; escravos livres de nós mesmos. Eufóricos estagnados, pois a euforia e a estagnação são sós em si, procuramos então pelas respostas que já temos para as perguntas que nunca fizemos, em lugares novos que já conhecemos, dentro de nós mesmos. Assim a existência desaparece como uma névoa e a coexistência surge como o nascer do sol e uma vez que a existência é nada e a coexistência tudo é, ambas coexistem formando o todo.”
22 09 2005
Vinícius Andrade Vieira
14 de julho de 2007
Paquerê...estranhos no bar...
Dia dez,
Desdém, dádiva...
Diamante sem ritmo...
Dentes doces, deitados...
Indolente desenho
Deleite divino,
Dezessete sentidos
Denominação:
Lucíola,
De novo Lucíola
Duas e duas dúzias
Dentro do inaudível...
Desdém, dádiva...
Diamante sem ritmo...
Dentes doces, deitados...
Indolente desenho
Deleite divino,
Dezessete sentidos
Denominação:
Lucíola,
De novo Lucíola
Duas e duas dúzias
Dentro do inaudível...
8 de julho de 2007
Ad Eternum...
Olho pra cima e toco aonde os pássaros adormecem,
tento sentir o conforto por entre os ramos
dos campos aonde as cores florescem.
Será a morte vindo?
Quanto mais vivo menos a desejo
e mais a amo.
Tal lampejo que cessa as cucuvias vindo,
que padecem...
enrijece o sopro cisudo de todo terrestre,
faz tudo inadvertido.
Dá nos afeição aos grandes pais, pais de nossos pais,
que padecem...
Nos conduz na bela dança,
e gira , pomba-gira balança,
ri, todos se divertem, todos...
que padecem...
As pedras marretam o oceano através das ondas,
Se fizer conchinha no pé do ouvido ouve-se de longe,
ela vindo, a onda, fatal contra os rochedos, trazendo envolto tudo que se enrijece...
e que padecem...
tento sentir o conforto por entre os ramos
dos campos aonde as cores florescem.
Será a morte vindo?
Quanto mais vivo menos a desejo
e mais a amo.
Tal lampejo que cessa as cucuvias vindo,
que padecem...
enrijece o sopro cisudo de todo terrestre,
faz tudo inadvertido.
Dá nos afeição aos grandes pais, pais de nossos pais,
que padecem...
Nos conduz na bela dança,
e gira , pomba-gira balança,
ri, todos se divertem, todos...
que padecem...
As pedras marretam o oceano através das ondas,
Se fizer conchinha no pé do ouvido ouve-se de longe,
ela vindo, a onda, fatal contra os rochedos, trazendo envolto tudo que se enrijece...
e que padecem...
7 de julho de 2007
Desilusão...
cão de cócoras
cômoda da altura da cintura
quero tirar uma foto
cade minha câmera de retratos?
cansada foi pras cucúia
razão quase esotérica
histérico magoar cotidiano
apequenar o mundo na hora do arrependimento
é tarde...
choro nem vela
aquarela sai n'água
mágoas marcam pra sempre a pintura da tela
respostas inexatas são furada
só matam o amor a cada dia
se começa do dez , então só regride
se começa do zero, não agride
somos todos agridoce
uns azedos, outros mais doces
no fim das contas é só desejo
medo da solidão e vaidade tola.
cômoda da altura da cintura
quero tirar uma foto
cade minha câmera de retratos?
cansada foi pras cucúia
razão quase esotérica
histérico magoar cotidiano
apequenar o mundo na hora do arrependimento
é tarde...
choro nem vela
aquarela sai n'água
mágoas marcam pra sempre a pintura da tela
respostas inexatas são furada
só matam o amor a cada dia
se começa do dez , então só regride
se começa do zero, não agride
somos todos agridoce
uns azedos, outros mais doces
no fim das contas é só desejo
medo da solidão e vaidade tola.
3 de julho de 2007
Asfixia à gás
Sem volúpias aveludadas
ou mesmo veludosas , vaidades voláteis
verdades venéreas
vielas velozes
vozes
vozes
fuga sagaz;
cheiro sem cheiro do gás
lento colapso, processo fatal
perda do senso de sono vital
morte
morte
letal inalação
botijão de tristeza
velório veemente;
velozes velas
lágrimas e vozes viúvas;
mazelas, uvas negras
caixão
no chão
contrátil
caixão
ou mesmo veludosas , vaidades voláteis
verdades venéreas
vielas velozes
vozes
vozes
fuga sagaz;
cheiro sem cheiro do gás
lento colapso, processo fatal
perda do senso de sono vital
morte
morte
letal inalação
botijão de tristeza
velório veemente;
velozes velas
lágrimas e vozes viúvas;
mazelas, uvas negras
caixão
no chão
contrátil
caixão
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