Um nada sozinho no meio do nada.
Tremendo moinho eu faço e desfaço
as flores que rego, as pétalas mortas
não sabem das curvas e escorrem no ralo...
e desde criança perdia os brinquedos,
meu dedo roia, perdia os amigos,
perdido no tempo, não há mais abrigo
pro sopro do vento teimoso e gentil.
Semana que vem está tudo enterrado.
Boneco, mentira, está tudo encerrado.
Dormindo eu acordo e me deito encravado.
No peso do sono, enterro assombrado.
Me choro por dentro, sorrio abstrato.
Me choro por dentro, maltrato e destrato.
Me choro por dentro, me gozo me rasgo.
Me choro um rebento de choro de rato.
Atrás dos
Momentos
Ou mesmo dos
Rastros
Se ela te pega e te deita nos braços,
O sonho da noite te traz um embalo.
Os olhos enxugam e o peito arrebata,
Mas não cicatriza e escorre de novo...
Vinícius Andrade Vieira
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