16 de fevereiro de 2008

Do alto da cidade...


A noite vem
e de repente
ineditos pensamentos
fundem devaneios misciveis

incriveis como as cores
de foguete de artificio
e o fogo do corpo
caquete erudito

indecentes paradoxos
da solidao que aflige
meia multidao de homens
judiados pelos homens

homens que nao dormem
trafegam incredulos
nas reliquias e migalhas
de sonhos nao saciados

uns farejam como caes
outros como ratos
e, de tanto sol nascer
a grama cresce...

...enterra homem, cao, rato
o filho do homem sonha
com seu semblante no espelho
se depara com o progenitor

como cao ou como rato
se esconde ou assume
encerra e enlouquece
elabora um choro...

Um comentário:

Anônimo disse...

GOstei disso:

homens que nao dormem
trafegam incredulos
nas reliquias e migalhas
de sonhos nao saciados

É por aí, amigo.
Abraços.

Carlos.