24 de outubro de 2007




Aqui, sentado na curva do rio,
respiro...
não tenho um centavo,

tô vivo...

A holanda me inunda

com seus barcos atracados,

esrevo...
escorre um soneto, no porto...

nada escuto,

sou cego, nada vejo.
Sou velho,

sou mudo

É o mundo através de olhos inchados.
Na volta para casa,

é o trem que segue

o curso do rio.

Imagino...minhas mil faces

e o mendigo com seu instrumento

mija no rastro dos pombos,
ele se senta...

Não percebo as tartarugas,

que nadam
no meio do canal
que seus cascos não virem sapatos...

e, depois de um dia cheio,

que enterrem meu coração...

Um comentário:

Anônimo disse...

Mas porque que voce quer enterrem seu coração? E eu ???
Na fim de meu intercambio eu vou entendre tudo de seu poemas... Eu acho!

t'aime