27 de junho de 2007

Mentiroso...

Eu vou chapar o ferro
que braço nenhum vai consertar

eu vou escrever
no verso do berro

Moça:

o sol nasce lá em casa
com azul e cor-de-rosa

o vento se mistura em pensamentos
de pecados, sonhos;

teu jeito loiro,
tua pele a reluzir

o som da sua existência atraente
palavravinha a zumbizar

o afago dessa donzela de pernas curtas
a trafegar os becos

nas vilas ocultas
de minha idéias doidas a incomodar

teu corpo na minha janela se esquiva
e eu aqui...

em tempo que se deixa morrer,
pra não deixar matar....

espero criatura ingrata,
que possas logo consternar

o sopro da cigarra
que te faz cobra....

eu minto,
tu minto....

todo mundo mente a beça
pra poder escapar sem pressa...

escapaste bem...
passar bem...

mentiroso...